“Imaginar é mais importante que saber, pois o conhecimento é limitado enquanto a imaginação abraça o Universo” - Albert Einstein

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

O Encouraçado Potemkin / Battleship Potemkin (Filme) (CCCP / URSS) (1925)



O Encouraçado Potemkin / Battleship Potemkin (Filme) (CCCP / URSS) (1925) Em 1925 foi feito um filme encima de um fato histórico que aconteceu em 1905 sobre uma rebelião de marinheiros em um navio de guerra russo chamado Príncipe Potemkin. A revolta se deu com o estopim sendo a CARNE PODRE que a ELITE do navio, os oficiais da marinha real do Czar ofereciam para os marujos comerem. E a partir dessa revolta, acontece uma revolução popular em uma cidade russa chamada Odessa. Só mesmo um filme soviético para falar sobre esse tipo de assunto de forma tão educativa. Sinopse do filme: O Encouraçado Potemkin é a realização mais importante e conhecida do russo Serguei Eisenstein. O filme é considerado um marco na montagem cinematográfica. Filmado em 1925, o filme parte de um fato histórico de 1905 - rebelião de marinheiros de navio de guerra - para criar uma obra universal que fala contra a injustiça e sobre o poder coletivo que há nas revoluções populares. O filme é dividido em cinco partes que se ocupam em provocar uma situação tal de espaço-tempo onde todos os pormenores apresentam um significado a ser apreendido pelo espectador. De forma a transcrever ideias complexas e ideologias profundas, Eisenstein chegou ao uso de técnicas de montagem inspiradas nos ideogramas orientais. Se determinado ideograma significa "telhado" e outro, "esposa", a união dos dois é lida como lar. Desta forma, é o choque entre duas imagens aparentemente díspares que cria o impacto, o sentido a que se quer chegar. A clássica cena na escadaria de Odessa é a quarta parte do filme. As cenas iniciais banhadas em luz e alegria são substituídas pelas imagens chocantes de repressão violenta pela guarda do Czar. A própria escada já traz, em si, um símbolo da cruel hierarquia social e política, da diferença entre as classes. A cena da mãe assassinada, cujo carrinho de bebê desce degraus abaixo, é sempre citada como uma das mais famosas da história do cinema. Eisenstein foi precursor no uso de efeitos especiais, usou contrastes e relações de corte e montagem que ainda hoje servem como base para a realização de filmes experimentais. Originalmente o filme teve uma partitura especialmente concebida pelo compositor alemão Edmund Meisel, que trabalhou em colaboração com Eisenstein. Com o passar dos anos o filme foi recebendo diversos acompanhamentos musicais, consoante as distribuidoras. Uma das versões mais conhecidas apresenta-o ilustrado pela Sinfonia nº 5 de Dmitri Chostakovitch. Em 2005 o filme ganhou uma versão sonorizada pela dupla britânica Pet Shop Boys em colaboração com a Orquestra Sinfônica de Dresden. Essa versão foi apresentada pela primeira vez ao ar livre na Trafalgar Square, de Londres. Este filme esteve proibido pela censura fascista portuguesa até 1974. Em uma de suas cenas, o filme The Untouchables (br: Os Intocáveis), de Brian de Palma, de 1987, faz referência à cena da escadaria. Hoje na História: 1905 – Eclode o motim a bordo do Potemkin, o principal encouraçado russo (Opera Mundi - 27/06/2014)

A eclosão de um motim a bordo do Potemkin, o principal encouraçado da frota de guerra russa em 27 de junho de 1905 passou despercebido numa Rússia sacudida por uma primeira revolução e uma guerra desastrosa contra o Japão. Porém, adquiriu notoriedade mundial, ao patamar de mito, em virtude do filme realizado pelo cineasta Serguei Eisenstein.

Depois de sua derrota em Tsushima, um mês antes, diante da armada japonesa, a marinha do tzar Nicolau II foi agitada por movimentos diversos e os oficiais tiveram dificuldade em se fazer respeitar pelos marinheiros. Em terra, por todo o país, se multiplicavam greves e rebeliões em seguida ao “Domingo Vermelho” de 22 de janeiro de 1905 em São Petersburgo.

Sobre o encouraçado Potemkin, que levava o nome de um favorito da tzarina Catarina II, o comandante capitão Golikov, conseguia preservar a disciplina por meio de relativa humanidade com seus homens.

Enquanto realizava exercícios no Mar Negro, ao largo de Odessa, o encouraçado era reabastecido como de costume com provisões. No começo da manhã, os marinheiros se aproximaram das carcaças que pendiam sobre a ponte esperando servir-se, quando descobrem a carne em putrefação, fétida e infestada de vermes. O médico de bordo, doutor Smirnov, sentencia que a carne seria comestível depois de lavada com vinagre.

Chega a hora do almoço. No refeitório, os cozinheiros levam a marmita de bortsch, com a carne cozida. Os marinheiros recusam-se a comer e vaiam os cozinheiros. Alertado, o capitão tem a má ideia de mandar rufar tambores e reunir a tripulação sobre a ponte. Depois de breves palavras, pede àqueles que aceitam comer que avancem dois passos. Por hábito e resignação, somente alguns veteranos obedecem. Sentindo-se afrontado, o capitão anuncia que não teriam outra coisa para comer.

Rebelião

Entre a tripulação figuravam alguns militantes revolucionários do partido socialdemocrata como seu chefe, Afatasy Matiuchenko. Eles haviam recebido de seu partido a consigna de preparar os marinheiros para uma insurreição geral da frota do Mar Negro.

Um marinheiro, de nome Vakulinchuk teria se aproximado do capitão e protestado duramente contra as condições de vida da tripulação. O capitão saca seu revólver e fere mortalmente o marinheiro.

Arrastada por Matiuchenko, a tripulação se amotina. Enquanto oito oficiais se juntam aos amotinados, contudo, o médico e diversos outros oficiais são mortos e atirados ao mar. O comandante não foi deixado de lado. Um oficial, Alexeiev, o prende sob vigilância estreita de Matiuchenko.

Os amotinados içam a bandeira vermelha da revolução e dirigem o encouraçado ao porto de Odessa. Ao entrar no porto, no final da tarde, os marinheiros do Potemkin não sabiam que a lei marcial havia sido decretada pelo general Kokhanov em seguida às greves ope


Imagem do Potemkin no verão de 1905  

Massacre Na véspera, 26 de junho, uma manifestação havia sido selvagemente reprimida pela polícia e a cavalaria cossaca. O confronto sangrento entre os manifestantes e as forças da ordem, com centenas de mortos, prosseguiu no dia seguinte. E eis que surge o Potemkin, arvorando a bandeira vermelha. A chegada do navio arrebata os líderes da greve que sobem a bordo e se aliam aos chefes dos amotinados. No dia seguinte, o cadáver do marinheiro Vakulinchuk é trazido a terra. Recebe homenagem emocionada de uma imensa multidão de operários e revolucionários. A multidão excitada sobe a escadaria Richelieu de 240 degraus que liga o porto ao centro da cidade. O general Kokhanov aciona dois destacamentos de cossacos a cavalo. Do alto da escadaria, os cavaleiros massacram a multidão desarmada, fazendo centenas de vítimas, homens, mulheres e crianças. No fim do dia, sobre o cais vermelho de sangue e coberto de cadáveres só se percebe o pobre pálio que encobre o corpo do mártir Vakulinchuk. Matiuchenko, respondendo a uma proposta de Kokhanov, assegura que os funerais dos mártires transcorreriam em calma se não ocorresse repressão. No dia seguinte, uma imensa multidão acompanhou o marinheiro à sepultura, bandeiras vermelhas à frente. Todavia, tão logo se encerraram os funerais, soldados investem contra a multidão matando indistintamente homens e mulheres. Três marinheiros estavam entre as vítimas. A bordo do Potemkin, os marujos decidem bombardear o quartel-general instalado no teatro da cidade. Matiuchenko comanda o tiro, que só atinge casas habitadas por inocentes. Em decorrência manda suspender o bombardeio. Naufrágio O navio solta as amarras. Barcos de barco de guerra vindos de Sebastopol pedem que os amotinados se tranquilizem. Os oficiais mostravam-se temerosos do risco de contágio revolucionário. Os navios se aproximam do Potemkin e este, sem desferir tiros, passa entre eles. Os amotinados gritam: “Viva a revolução!”. Os marinheiros da frota respondem “Hurra!”. Prudentes, os oficiais resolvem recuar, Porém o encouraçado Jorge o Vitorioso encontra um modo de se aproximar do Potemkin. Matiuchenko se vê frente e frente com três navios de guerra. Resolve voltar a Odessa com o objetivo de buscar o apoio da população, mas é impedido por um dos navios. Matiuchenko ordena abrir fogo. Atingido o Jorge, o Vitorioso acaba encalhando num banco de areia antes de voltar ao combate. Após errar pelas águas do Mar Negro, o Potemkin se dirige ao porto romeno de Constança onde os amotinados obtêm asilo político. Matiuchenko, num último gesto de desafio, envia proclamações surrealistas aos governantes do planeta e afunda propositadamente o mítico navio antes de botar o pé em solo romeno. Dois anos mais tarde, o tzar Nicolau II promete uma anistia aos revolucionários de 1905. Os amotinados, desconfiados, preferem permanecer na Romênia. Com exceção de cinco deles que preferiram regressar à Rússia, entre eles Matiuchenko. Reconhecido na fronteira, é preso e depois enforcado. Seus quatro companheiros foram enviados à Sibéria. (Max Altman | São Paulo - 27/06/2014)

Potemkin (couraçado) https://pt.wikipedia.org/wiki/Potemkin_(coura%C3%A7ado) Elenco do filme:
Aleksandr Pavlovich Antonov — Grigory Vakulinchuk Vladimir Barsky — Comandante Golikov Grigori Aleksandrov — Oficial-Chefe Giliarovsky Mikhail Gomorov — Marujo militante Aleksandr Levshin — Oficial Konstantin Feldman — Estudante agitador Beatrice Vitoldi — Mulher com o carrinho de bebê


PARA VER O FILME EM EXCELENTE QUALIDADE DE IMAGEM ACESSE:
https://www.facebook.com/VerLerConhecer/videos/783954131769070/

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