“Imaginar é mais importante que saber, pois o conhecimento é limitado enquanto a imaginação abraça o Universo” - Albert Einstein

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

The Known Universe (O Universo Conhecido) (Animação) (2009)


O Universo Conhecido é uma animação (científico-artístico-realista) que mostra dramaticamente toda a grandeza do universo conhecido pela ciência em tamanho real de escala, feita a partir do Atlas digital do Universo.

Todos os corpos celestes que aparecem no anime como estrelas, planetas, galáxias, satélites naturais e artificiais que formam linhas ao redor da Terra, entre outros, é resultado de estudos, fotografias e filmagens feitas por diversos telescópios e sondas que possibilitaram fazer a montagem da animação de forma mais real possível.

Uma viagem que começa no Himalaia, uma das mais altas cadeias de montanhas do mundo, e segue até as mais distantes fronteiras conhecidas do Cosmos.

Esse vídeo foi desenvolvido pelo ''American Museum of Natural History'' (Museu Americano de História Natural) de New York em parceria com o ''Rubin Museum of Art'' da ilha de Manhattan/NY, e foi lançado em dezembro de 2009.

O filme fez parte de uma exposição no ''Rubin Museum of Art'' chamada ''Visions of the Cosmos: From the Milky Ocean to an Evolving Universe'' (Visões do Cosmos: Do Oceano da Via Láctea para um Universo em Evolução), que foi apresentado ao público até o mês de maio de 2010.

Ficha Técnica: Visualization Software: Uniview by SCISS / Director: Carter Emmart / Curator: Ben R. Oppenheimer / Producer: Michael Hoffman / Executive Producer: Ro Kinzler / Co-Executive Producer: Martin Brauen / Manager, Digital Universe Atlas: Brian Abbott / Music: Suke Cerulo

American Museum of Natural History - http://www.amnh.org/
Rubin Museum of Art - http://rubinmuseum.org/


sexta-feira, 28 de outubro de 2016

O Sistema que nos controla



Tudo é feito pelo sistema para que você não deixe de pagar algum tipo de tributo, de forma que esteja sempre preso a coisas que eles dizem ser o melhor.

Todo o tipo de prática que seja para um benefício coletivo, mas que vá contra os interesses do capital é descreditada pela mídia, e sofre oposição pelos representantes do sistema que em última instância praticam diversificadas formas de sabotagem contra as novas idéias.

Não interessa a eles que você tenha boa saúde, por que isso não gera lucro. O que importa pra eles, é que você esteja preso a mídia que eles financiam, que seja escravo do consumismo deliberado que todas as noites é implantado no seu subconsciente ao ligar a televisão para assistir as convidativas propagandas.

Tomemos o exemplo da imagem acima referente a um único ciclista: Para ele estar com a sua bicicleta andando pela rua diariamente, é algo que ele colocou no seu cotidiano como uma forma de vida saudável. Por isso ele sabe que desta maneira está ajudando a si próprio, ao Meio Ambiente, e ao coletivo humano da sua cidade. 

Com menos um carro nas congestionadas ruas do país haverá menos poluição no ar, com menos poluição haverá menos doenças respiratórias. Com menos um automóvel nas ruas haverá mais espaço para locomoção, haverá menos dano ao Meio Ambiente, tanto na extração de matéria prima como na produção de resíduos sólidos. E finalmente, haverá um ser humano com mais saúde e menos propenso a adquirir doenças que o impossibilite inclusive de faltar ao seu trabalho.

Isso não quer dizer que essa pessoa não possa adquirir um automóvel, mas o comércio desse tipo de bem não enxerga dessa forma, pois vêem apenas menos um cliente em potencial se utilizando de um meio de locomoção que não os interessa.

Os responsáveis pelos transportes urbanos enxergam de forma similar mas não fazem qualquer tipo de esforço para oferecer um sistema de transporte que seja mais confortável, rápido e decente para a população. Estão a esperar que os seus clientes viagem todos os dias em ônibus e trens super lotados sem nenhum tipo de conforto, e que aceitem isso de forma passiva como sendo algo normal.

Para os governos o cidadão transformar a bicicleta em um transporte é algo muito ruim, por que significa menos impostos arrecadados no final do mês, então eles (os governos) não tem o menor interesse de promover políticas públicas que sejam em benefício da utilização coletiva desse transporte. Podemos até citar um caso recente que aconteceu na cidade de São Paulo, onde o ex. prefeito Fernando Haddad desenvolveu um projeto de instalação de ciclovias interligando todos os bairros. Essa política pública tinha a intenção de fazer as pessoas utilizarem mais as bicicletas, e dar maior mobilidade a todo o centro. Tudo foi feito, mas como na política cada candidato de cada partido representa interesses variados, o atual prefeito que foi eleito não entende que as ciclovias sejam algo bom para a cidade, e tem em seus planos futuros transformar essa obra pública em algo privatizado. Ele pretende vender a concessão da utilização da mesma para uma empresa que vai administrá-la. Então é certo de que será cobrado algum tipo de taxa para quem quiser utilizá-la, o que vai fazer a desmotivação da maioria das pessoas em utilizar esse espaço que deixa de ser público.

Para os hospitais públicos e para a saúde pública é excelente que exista menos uma pessoa com a possibilidade de desenvolver doenças cardíacas, mas para o sistema de saúde privado e as empresas farmacêuticas multinacionais isso é um absurdo, por que essa pessoa estará fora dos planos para fazer tratamentos, realizar cirurgias, ou ser um financiador permanente de compra de remédios dessa indústria.

Um exemplo claro do que estou falando aconteceu recentemente no mundo da fusão de grandes empresas. Uma das maiores indústrias químicas farmacêuticas do mundo se fundiu a uma das maiores indústrias produtoras de herbicidas (agrotóxicos) e engenharia genética de sementes. O que isso quer dizer? Uma vai fabricar alimentos modificados geneticamente, e fazer planos de expansão para a venda de perigosos agrotóxicos para a utilização na eliminação de pragas nas plantações de alimentos. Enquanto a outra vai desenvolver e fabricar os remédios para o controle das doenças provenientes da alimentação contaminada, que eles sabem que vão surgir no corpo das pessoas que consumirem esses alimentos.

Uma está encarregada de fabricar as doenças, e a outra está encarregada de fabricar o controle para o tratamento via medicamentos químicos. No final o acordo de fusão das duas empresas tem o único objetivo de vender e lucrar de todas as formas possíveis, mesmo que isso cause sérios riscos as populações do mundo.

Aqueles que comandam o Sistema não estão preocupados com o nosso bem estar. Suas mentes concentram-se apenas em manter o controle das coisas como atualmente são, e fazer com que sejamos o mais rentável possível para eles. O que importa é a quantidade de impostos que pagamos, e a quantidade de produtos industrializados que adquirimos durante toda a nossa vida. Todo o restante é superficial e não significa nada para os donos do Sistema.  -  Por Ver! Ler & Conhecer.

Bayer compra Monsanto e cria maior grupo de agrotóxicos e transgênicos (Site da Revista Carta Capital - publicado em 14/09/2016)
http://www.cartacapital.com.br/economia/bayer-compra-monsanto-e-cria-maior-grupo-de-agrotoxicos-e-transgenicos

Dossiê Bayer-Monsanto: em risco, a alimentação do mundo (Site da Revista Carta Capital - publicado em 17/09/2016)
http://www.cartacapital.com.br/blogs/outras-palavras/dossie-monsanto-em-risco-a-alimentacao-do-mundo

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Pink Floyd - Another Brick in the Wall


A escola sem partido que está na pauta do atual governo, que visa implementá-la tanto no ensino fundamental como no ensino médio das escolas brasileiras não é algo novo, mas um compilado de ideias antigas que já eram utilizadas décadas atrás na dominação da juventude de alguns países. A banda britânica ''Pink Floyd'' descreve um pouco dessa ideologia em seu filme chamado ''The Wall'', lançado em 1982. 

No clipe da música ''Another Brick in the Wall'' a banda faz uma dura crítica ao sistema educacional conservador da Inglaterra, que segundo os músicos dilapidavam a parte do pensamento crítico e artístico dos estudantes.

Esse sistema educacional representado no vídeo pelo professor de matemática arrogante e repressor, nada mais é do que o próprio espelho do Sistema Capitalista, que tem por objetivo transformar as pessoas em meros trabalhadores desprovidos da capacidade de pensamento e questionamento sobre o mundo a sua volta.

Uma parte significativa desse ideal de controle, acontece quando o professor repreende o garoto (personagem central do filme) de forma pejorativa colocando-o em uma situação de humilhação perante os demais alunos, devido ao mesmo ter sido flagrado com alguns poemas durante a aula. O que sucede-se é a visão conservadora na fala do professor de que as artes como a poesia, é algo inútil e sem valor algum para a formação e construção intelectual do estudante.

Outra parte de extrema importância é a representação muito bem feita de como o sistema educacional fabrica grande parte das pessoas com mentalidade superficial, tornando-as seres controlados que apenas seguem o que é determinado, sem condições de indagar ou reagir. O que aparece nessa parte do clipe é algo muito simbólico, pois foi colocado um exército de estudantes entrando e quase que imediatamente saindo dessa escola, sem nenhum tipo de modificação mental. Os seus rostos iguais e distorcidos representados por máscaras mostram isso.

O próximo passo dado foi colocar esse exército nas fábricas para desenvolverem atividades repetitivas que não necessitam de muito raciocínio, apenas treinamento. O professor reacionário aparece dando ordens sobre o que eles tem que fazer. A frase principal que é cantada na música nessa sequência de imagens explica toda a situação: ''no final, você é apenas outro tijolo no muro''.

A representação dos estudantes caindo na máquina de moer carne diz respeito ao que acontece com pessoas cegadas, e doutrinadas para ter uma capacidade intelectualmente limitada. Serão as mais enganadas e exploradas por esse sistema, que as fará trabalhar em um maior tempo possível de horas diárias sem que reclamem, e dessa forma darão o seu sangue todos os dias em condições extremas. Tudo para que o muro capitalista se mantenha em pé.

Outro entendimento que podemos ter sobre essa sequência é relacionado com o modelo capitalista que desumaniza as pessoas, transformando os seres humanos em uma espécie de mercadoria, como se fôssemos gado sendo levado nessa esteira, esperando a nossa vez de cair nessa máquina para ser triturado.

No final aparece uma possível solução para acabar com esse sistema educacional arcaico. Quando os estudantes retiram as suas máscaras e passam a verdadeiramente enxergar a manipulação e sabotagem que é feita sobre eles, se rebelam destruindo e jogando fora essa coisa velha e escravizadora, para que algo novo e melhor possa aparecer em sua substituição.

Uma nova educação que seja libertadora e direcionada para que as pessoas verdadeiramente consigam enxergar, deixando para trás todo tipo de cegueira que os faça sofrer, e assim, sejam preparadas para ver o mundo e sentir a vida como realmente deve ser. -  Por Ver! Ler & Conhecer.


Escola sem partido. O que é isso afinal? (Site Brasil 247, matéria publicada em 24/07/2016)
http://www.brasil247.com/pt/colunistas/pedromaciel/245620/Escola-sem-partido-O-que-%C3%A9-isso-afinal.htm

domingo, 23 de outubro de 2016

The Lie We Live (Documentário/Legendado)


The Lie We Live (A Mentira que Vivemos) é um curto documentário criado e escrito pelo norte-americano Spencer Cathcart.

A abordagem feita nesse vídeo diz respeito as questões relacionadas com a construção do Capitalismo, e a sua condição de ser um elemento de exploração, controle e escravidão de todos aqueles que fazem parte desse sistema .

É falado sobre o poder das grandes corporações que detém o controle de tudo, e determinam o que deve ser feito nesse jogo, onde o dinheiro é apenas o mecanismo que utilizam para a dominação do mundo.

A destruição descontrolada do Meio Ambiente e dos ecossistemas com grandes quantidades de poluentes químicos que envenenam o solo, a água e o ar, em uma corrida frenética para a produção de bens de consumo, cada vez menos duráveis, e que na sua maior parte não possui formas adequadas ou eficientes de reaproveitamento ou reciclagem.

A fome que persiste em existir, em um mundo que possui capacidade de produção de alimentos para todos, mas que não existe interesse em fazer a distribuição desses mesmos alimentos para quem precisa. Tudo é pensado e calculado para dar lucro, não importando quais e quantas serão as vítimas desse processo. Milhões de seres humanos morrendo na África não importam para essas corporações, por que essas pessoas não possuem dinheiro, e por isso são excluídas dos seus planos.

A indústria alimentícia que produz milhões de toneladas de comida anualmente traz dos campos alimentos contendo grandes quantidades de venenos na sua composição, com altas concentrações de agrotóxicos que causam diversos tipos de problemas para a saúde humana, entre eles: infertilidade, variados tipos de câncer, mutações genéticas, drásticas alterações no sistema nervoso, como convulsões e epilepsia.

Da mesma forma a indústria de remédios que fabrica compostos químicos para o controle de inúmeras doenças, alivio de outras, mas que nunca produzem um remédio que traga uma cura definitiva. A cura não dá lucro as empresas. O lucro é obtido a partir da compra contínua dos remédios por toda a vida, até a morte do indivíduo. Esse é o pensamento capitalista.

Eles geram as doenças nas pessoas com seus produtos contaminados e depois produzem a esperança da melhora real que não acontece. O lucro tem que vir dos dois lados, e as populações para essas empresas são apenas exércitos que fabricam para eles esses lucros quando compram seus produtos.

O autor nos convida a fazer uma profunda reflexão sobre o complexo mundo em que vivemos, e os questionamentos sobre a nossa liberdade em relação a esse sistema que controla as nossas vidas, além do nosso relacionamento com o planeta e a destruição que está acontecendo de forma global por causa das atividades antrópicas.

Outro ponto é em relação ao nosso sistema de ensino que é projetado para nos transformar em futuros seres robotizados, preparados para o trabalho, mas desprovidos de pensamentos e questionamentos sobre as coisas.

Todas essas e outras questões são abordadas nesse vídeo para que possamos ver e entender o nosso papel dentro do sistema, e dessa forma passemos a lutar de forma individual mudando a nós mesmos, modificando a forma como vivemos, e finalmente, consigamos construir um lugar melhor para nós e as futuras gerações. -  Por Ver! Ler & Conhecer.



Atualização 27/10/2016 -  Atualizando a postagem devido ao canal do you tube ter sofrido ataque contra esse vídeo, onde quase todos foram deletados para que as pessoas não tenham conhecimento sobre o seu conteúdo. Somente um encontra-se ativo nesse momento, e está com as legendas traduzidas para o português.  - https://www.youtube.com/watch?v=BKutotgQZFs

sábado, 22 de outubro de 2016

Tezcatlipoca



A mitologia asteca era repleta de deuses e deusas, pois a religião deste povo era politeísta. Os astecas costumavam fazer rituais de sacrifícios humanos e de animais para agradar ou acalmar seus deuses. Os deuses tinham forma humana misturada com animais e estavam diretamente ligados às forças da natureza e aos sentimentos humanos.

Tezcatlipoca é um dos três grandes deuses da mitologia asteca: é o deus que representa o céu noturno, a lua e as estrelas; também sendo considerado o senhor do fogo e da morte. Ele era uma das figuras mais temidas do panteão de deuses asteca, responsável pela criação do mundo, e vigilante das consciências. 

Muitas vezes ele foi representado como um jaguar que carrega em seu peito um espelho através do qual podia ver toda a humanidade. É conhecido como "O Senhor do Espelho Fumegante".

As traduções para o nome de Tezcatlipoca são bem variadas e, algumas vezes, até contraditórias. Apesar de haver uma certa convergência quanto a tradução literal dos dois principais termos que compõe o nome do deus (Tezcatl e Poctli), especialistas em náhuatle concordam que as questões referentes a esse debate não estão fechadas.

O náuatle é uma língua pertencente à família uto-asteca, usada pelos povos de mesmo nome e falada no território atualmente correspondente à região central do México, desde pelo menos o século VII. No final do século XX, era falada por pouco menos de um milhão e meio de pessoas.

Tezcatl é freqüentemente traduzido por ''refletir'' ou ''espelho''. Poctli significa ''fumo'', ''fumaça''.

Com a junção dos dois termos, teríamos a tradução mais usual: ''espelho fumegante''.

Muitos estudiosos afirmam que a palavra tletl (luz) estaria localizada entre os dois termos anteriores, formando ''espelho de luz fumegante'', mas essa hipótese não é confirmada.

Alguns especialistas de Tlaxcala apontam para a palavra Pucah, do idioma Otomi, que significa negro, mas a junção de dois idiomas, com o objetivo de compreender a etimologia do nome de um deus, é muito contestada.

FONTE: OLIVIER, Guilhelm. Tezcatlipoca: burlas y metamorfosis de un dios azteca. Mexico: Fondo de Cultura Económica, 2004.

* A imagem acima pertence ao manuscrito mexicano chamado de ''Codex Borgia'', escrito provavelmente antes da conquista espanhola, e levado para a Europa pelos conquistadores espanhóis. Foi descoberto por Alexander von Humboldt (geógrafo, naturalista e explorador) em 1805 entre o espólio do cardeal Stefano Borgia, a partir de quem o códice levou seu nome. Hoje está preservado na Biblioteca Apostólica Vaticana.


Máscara de Tezcatlipoca - século XV á XVI. A máscara foi feita utilizando como modelo um crânio humano. (arte asteca/misteca).

Abaixo um dos melhores sites que encontrei sobre a Mitologia do México.
http://www.mexicolore.co.uk/aztecs/gods/god-of-the-month-tezcatlipoca

Abaixo uma animação feita por Robin George, mostra o deus ''Tezcatlipoca'' se materializando na forma de um jaguar após um eclipse solar, descendo dos céus e visitando de forma breve a terra em uma área vulcânica onde passa a brincar controlando o fogo, e produzindo uma erupção no vulcão adormecido.

A música tema do anime se chama ''Home'' de Armand Amar, e originalmente faz parte da trilha sonora de um documentário de mesmo nome, lançado em 2009.



quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Clarice Lispector - Das Vantagens de Ser Bobo



Das Vantagens de Ser Bobo

O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando." 

Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia. 

O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski. 

Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranqüilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu. 

Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?" 

Bobo não reclama. Em compensação, como exclama! 

Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz. 

O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem. 

Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas! 

Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

Clarice Lispector    

terça-feira, 18 de outubro de 2016

O Holocausto Brasileiro (Livro)



A descoberta desse livro aconteceu a partir de uma pesquisa que fiz na internet, após ter assistido uma série de filmes, onde os temas principais e recorrentes estão ligados à dominação de povos através da força e seu consequente extermínio, conflitos humanos de diversas naturezas como guerras e revoluções, além de perseguições e descaso para com o próximo. 

Então passei uma semana inteira assistindo filmes do naipe de ''A Lista de Schindler'' (1993), ''A Batalha de Argel'' (1966), ''O Pianista'' (2002), ''1900'' (1976), ''Papillon'' (1973), entre diversas outras obras cinematográficas que têm uma importância muito grande, tanto pelo ponto de vista histórico, assim como pelo ponto de vista artístico.

Dessa forma resolvi fazer um estudo sobre esses assuntos e me deparei com o livro ''Holocausto Brasileiro'', escrito pela jornalista Daniela Arbex, e lançado em 2013.

Até esse momento eu desconhecia completamente que aqui no Brasil pudesse ter havido algo parecido com um Holocausto na época contemporânea. Sabia pelos estudos de História que existiu sim um holocausto no Brasil, lá no tempo do seu descobrimento, quando os portugueses escravizaram e dizimaram muitos milhares de indígenas nativos de nossa terra. Esse novo holocausto para mim era algo novo e completamente desconhecido até então.

O livro conta a história que poucas pessoas conhecem, e que estava obscurecida de forma intencional nos porões da História não contada brasileira.

O Holocausto brasileiro é sobre um hospital psiquiátrico que mais parecia um campo de concentração e extermínio chamado Colônia, que existiu na cidade de Barbacena, interior do Estado de Minas Gerais, durante o século passado, onde mais de 60 mil homens, mulheres e crianças perderam as suas vidas de forma desumana e brutal, com a maior parte das mortes das pessoas acontecendo e se intensificando nos anos negros da ditadura militar. 

O livro foi escrito a partir de relatos de alguns poucos pacientes que conseguiram permanecer vivos para contar os horrores que passaram durante anos sendo abandonados para morrer, além de testemunho de ex. funcionários do hospital que viram sessões de tortura, e a forma como era feito para que os pacientes viessem a óbito de forma planejada.

O livro conta também com farto material documental (fotografias) feitas pelo fotógrafo Luís Alfredo, na época (década de 70) repórter fotográfico da Revista ''O Cruzeiro''. 

Uma coisa que reparei é na história de diversos pacientes que foram levados para lá em trens semelhantes aos trens nazistas da segunda grande guerra, e o tratamento dado aos pacientes, também semelhante ao dado aos judeus nos campos de concentração da Alemanha nazista.

Outro detalhe está relacionado ao perfil dos pacientes: durante a leitura observa-se que para virar paciente desse hospital psiquiátrico bastava que a pessoa fosse diferente do que a sociedade colocou como sendo convencional. Contam-se histórias de pessoas que foram levadas pra lá não por serem loucas, mas por serem apenas tímidas, ou serem encontradas nas ruas, negros e pobres, homossexuais, militantes políticos, ou por determinação de fazendeiros, como no caso onde a filha de um poderoso dono de terra engravida de forma clandestina, e por causa disso é enviada para sempre para esse hospital onde lá permaneceu até a morte. 

Todo tipo de pessoa que fosse considerada fora dos padrões físicos/estéticos e psicológicos era condenada a ter que ir para esse campo de concentração.

O que se conclui é que para lá eram levadas todas as pessoas que a sociedade conservadora entendia ser a escória social, que por esta visão medieval teria que ser primeiramente escondida e depois eliminada, para que não pudesse chocar e ''contaminar'' a pureza hipócrita dessa sociedade doente que persiste em existir até os dias atuais. -  Por Ver! Ler & Conhecer.

O livro foi digitalizado em PDF, e colocado para download gratuito para todos aqueles que tiverem interesse no assunto, e quiserem aprender um pouco sobre a História obscura do nosso país.

Abaixo dois excelentes documentários oficiais que foram feitos sobre o tema.

Holocausto Brasileiro Manicômio de Barbacena (Documentário da Globo News)


Documentário Em Nome da Razão (Nos Porões da Loucura)

sábado, 15 de outubro de 2016

Dia da Professora & do Professor


Que a estrela do professor continue corajosamente brilhando, levando o conhecimento para as jovens mentes do amanhã. 

Que nesse sombrio Brasil que estamos vivendo na atualidade, o saber possa ser uma forte luz, e que venha a iluminar o interior do nosso futuro.

Que o dia 15 de outubro, nacionalmente comemorado como dia dos professores, seja como o dia das mães, não apenas uma data simbólica em um dia escolhido, mas algo que perdure pelos 365 dias do ano.

Os professores são os nossos pais do saber, os mestres que nos ensinam a trilhar os nossos primeiros caminhos dentro do entendimento. A eles devemos muito!  -  Por Ver! Ler & Conhecer.

Paulo Freire (19/09/1921 - 02/05/1997), Patrono da Educação Brasileira.


sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Pensamento / Capitalismo


"A Matrix é um sistema. Esse sistema é nosso inimigo. Você precisa entender, a maioria das pessoas não estão preparadas pra despertar. Muitas delas estão tão inertes, tão profundamente dependentes do sistema, que irão lutar para protegê-lo." - Morpheus/Matrix (1999).

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Como Consertar o Mundo



A parábola do cientista e da criança: Como Consertar o Mundo

Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a encontrar meios de melhorá-los. Passava dias em seu laboratório em busca de respostas para suas dúvidas.

Certo dia, seu filho de sete anos invadiu o seu santuário decidido a ajudá-lo a trabalhar. O cientista, nervoso pela interrupção, tentou que o filho fosse brincar em outro lugar.

Vendo que seria impossível demovê-lo, o pai procurou algo que pudesse ser oferecido ao filho com o objetivo de distrair sua atenção.

De repente deparou-se com o mapa do mundo, o que procurava! Com o auxílio de uma tesoura, recortou o mapa em vários pedaços e, junto com um rolo de fita adesiva, entregou ao filho dizendo:

— Você gosta de quebra-cabeças? Então vou lhe dar o mundo para consertar. Aqui está o mundo todo quebrado. Veja se consegue consertá-lo bem direitinho! Faça tudo sozinho.

Calculou que a criança levaria dias para recompor o mapa. Algumas horas depois, ouviu a voz do filho que o chamava calmamente:

— Pai, pai, já fiz tudo. Consegui terminar tudinho!

A princípio o pai não deu crédito às palavras do filho. Seria impossível na sua idade ter conseguido recompor um mapa que jamais havia visto. Relutante, o cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um trabalho digno de uma criança.

Para sua surpresa, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares. Como seria possível? Como o menino havia sido capaz?

Então ele perguntou:

— Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu?

— Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era.

Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo.

Autor: desconhecido.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Lixo espacial em volta da Terra


Animação virtual com os males que podem causar, a proliferação de lixo espacial cercando o planeta com o acúmulo de quantidade absurda de detritos espaciais, objetos artificiais que não possuem mais utilidade e estão na órbita da Terra. 

Estes objetos formam uma espécie de nuvem sobre o planeta. Possuem tamanhos e pesos variados (de gramas até toneladas). Ficam orbitando nosso planeta a uma velocidade de aproximadamente 35 mil km/h. Um perigo constante que esses itens soltos flutuando representam, tanto para a segurança espacial como para os habitantes da terra.

O maior perigo que sofremos é em relação a entrada desses objetos em nossa atmosfera. O caso mais recente é de uma estação espacial chinesa Tiangong-1 que deve cair em algum lugar da terra daqui a 1 ano. 

O que se sabe é que ela está descontrolada e que a sua queda vai acontecer em qualquer lugar do planeta, não sendo possível determinar o local exato.

Esse é o maior perigo do lixo espacial que vaga sem controle orbitando o planeta de forma permanente. Quando acontecer a sua entrada o lixo pode não se desintegrar de forma total, com pedaços de metal atingindo o solo, e colocando vidas em risco.

Estação espacial chinesa está fora de controle e vai cair na Terra (Revista Galileu - 21/09/2016)


domingo, 9 de outubro de 2016

71 anos do ataque nuclear a Hiroshima e Nagasaki


Em 06 de outubro de 2016 completou-se 71 anos do ataque que o governo dos EUA fez ao Japão, onde pela primeira vez na história da humanidade foi utilizada uma arma de guerra que foi desenvolvida para ter um poder brutalmente aniquilador e altamente destrutivo.

A bomba atômica feita de urânio chamada de ''Little Boy'', que foi lançada as 8 horas e 15 minutos da manhã do dia 06 de outubro de 1945 sobre a cidade de Hiroshima, explodiu e dizimou em segundos milhares de homens, mulheres e crianças, que foram queimadas e desintegradas pelas altíssimas temperaturas que chegaram a 3000ºC.

Este artefato bélico não foi o único a ser utilizado, no dia 09 de outubro foi a vez da cidade de Nagasaki, onde foi lançada outra bomba atômica, essa de plutônio, apelidada de ''Fat Man''. Outras milhares de pessoas foram assassinadas, levando o governo do Japão a pedir rendição alguns dias depois. Após a queda da Alemanha nazista, o Japão foi o último país a se render aos países aliados.

A guerra acabou, mas a ameaça atômica permaneceu viva no mundo durante muitas décadas com a corrida armamentista entre EUA e URSS, que dividiram o mundo em dois polos econômicos, um capitalista e outro socialista. A queda do muro de Berlin em 1989, e a separação da URSS em vários países em 1991 representou o fim da guerra fria.

Esses ataques covardes que levaram a humanidade a assistir essa tragédia, que nos dias de hoje sabemos ser injustificável por que os alvos foram civis, marcou para sempre o povo japonês, geração após geração. O impacto psicológico foi tão grande que dentro da arte os japoneses sempre procuram lembrar ou fazer referências a esses tristes episódios.

Em 1983 foi lançado um filme em formato de animação chamado ''Hadashi no Gen'' (Gen Pés Descalços) que conta a história de Gen e da sua família que vivem na cidade de Hiroshima no período da segunda guerra mundial. O filme mostra ele e seus familiares vivendo nesses dias de conflito, passando por grandes privações devido a grande escassez de alimentos, medo constante, entre diversos outros obstáculos e dificuldades.

Em uma parte o desenho narra com imagens, e reconstitui o lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima. Mostra a explosão, os efeitos da mesma nas pessoas e animais, além de todos os momentos de terror que os habitantes inocentes da cidade sofreram instantes antes de serem assassinados.

O anime pode ser visto de forma completa e legendado para o português no endereço 
[https://www.youtube.com/watch?v=SClQHnr8lNk]

O vídeo postado tem uma montagem de áudio com a música ''Rosa de Hiroshima'', poema do poeta brasileiro Vinicius de Moraes que foi musicado pela banda ''Secos & Molhados'', e lançada no seu primeiro disco homônimo em agosto de 1973.

Rosa de Hiroshima

Pensem nas crianças / Mudas telepáticas / Pensem nas meninas / Cegas inexatas / Pensem nas mulheres / Rotas alteradas / Pensem nas feridas / Como rosas cálidas / Mas oh não se esqueçam / Da rosa da rosa / Da rosa de Hiroshima / A rosa hereditária / A rosa radioativa / Estúpida e inválida / A rosa com cirrose / A anti-rosa atômica / Sem cor sem perfume / Sem rosa sem nada


sábado, 8 de outubro de 2016

Pensamentos


“Liberte a sua mente da escravização midiática que te prende. Quebre essa corrente de ignorância, que todos os dias mantém o seu cérebro travado. Seja livre como único dono dos seus pensamentos, e das suas próprias escolhas”.  -  Por Ver! Ler & Conhecer.



“Desligue a TV antes que ela desligue a sua mente”.  -  Por Ver! Ler & Conhecer.

“Deixe a leitura levar o seu cérebro para fazer uma viagem onde a TV nunca poderá levar”.  -  Por Ver! Ler & Conhecer.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Privatizações: A Distopia do Capital (Documentário) (2014)


Vender os bens públicos de onde o governo retira o dinheiro para manter a máquina pública funcionando é um suicídio. 

Nesse exato momento estamos vivenciando o suicídio de um país, que através dos seus parlamentares está fazendo todas as movimentações necessárias para a entrega de suas maiores riquezas.

Vocês já fizeram a seguinte pergunta: Por que os países desenvolvidos como Alemanha, Inglaterra, EUA, Noruega, Suécia, entre muitos outros não privatizam as suas empresas estatais?

A resposta que esses países dariam a você seria: Nós não somos loucos para fazer isso. Vender exatamente o que proporciona a renda é enfraquecer o Estado, é perder aquilo que mantém qualquer país competitivo no campo econômico. Executar essas ações é perder a soberania e a independência de modo que outro país passe a ser o seu controlador.

Os argumentos que utilizam para enganar a população e justificar a entrega dos bens públicos são sempre os mesmos. Afirmam que estatais dão prejuízo, que geram corrupção, incham a folha de pagamento, que são cabides de emprego, entre muitos outros motivos estapafúrdios. No entanto, os motivos mais vis são quando dizem, querendo te convencer que o bem privado é melhor do que o bem público, e que é melhor você pagar por algo, do que utilizar esse mesmo algo de forma gratuita, além do discurso que sempre pregam, de que todo bem público é dispensável na evolução e na soberania de um país.

Todos os governos entreguistas que durante a sua administração objetivam vender as riquezas de um país, são inimigos da população, pois excluem de forma definitiva os direitos dos cidadãos transferindo para o capital privado, tudo aquilo que deveria gerar lucro para retornar como investimento em programas para o próprio povo, e para a manutenção sadia do Estado.

As empresas e os governos estrangeiros querem muito, tudo o que puderem levar, restando para nós somente olhar para o espelho retrovisor e ver toda a riqueza brasileira sendo raptada, enquanto em nossa volta somente a miséria que vai ficar.

Estão vindo com tudo para dilapidar e levar embora todo tipo de riqueza natural e material que nós temos, como petróleo, água potável, biodiversidade, minérios, todo tipo de empresa e parques que sejam públicos. Querem comprar grandes quantidades de terra em nosso país, com o objetivo de fazer plantações e garantir alimentos para os seus países, podendo até mesmo prejudicar o cultivo para o nosso próprio fornecimento.

Agora pensem: Se todos esses bens públicos dessem tanto prejuízo como eles dizem que dão, vocês acham que empresários e corporações empresariais de diversos países teriam interesse em vir aqui para comprar? Quem é que investe o seu dinheiro em algo falido, que só causa prejuízo?

Para terminar, leiam as notícias recentes que foram veiculadas pela mídia, onde o FMI (Fundo Monetário Internacional) representado pelos EUA, recomendou ao governo ilegítimo brasileiro vender tudo, e fazer empréstimos com eles.

Se você vende as suas riquezas, como é que no futuro você vai pagar as suas dívidas? De onde vai ser retirado o dinheiro para a quitação desses empréstimos?

É a velha história se repetindo novamente, onde o escravizador vem oferecer as suas pesadas correntes e as algemas para que o escravizado prenda nos seus pulsos e pescoço, e dessa forma o sirva para sempre sem condições de se libertar.  -  Por Ver! Ler & Conhecer.


Sobre o documentário:

(Texto extraído do canal do you tube)

O novo filme de Silvio Tendler ilumina e esclarece a lógica da política em tempos marcados pelo crescente desmonte do Estado brasileiro. A visão do Estado mínimo; a venda de ativos públicos ao setor privado; o ônus decorrente das políticas de desestatização traduzidos em fatos e imagens que emocionam e se constituem em uma verdadeira aula sobre a história recente do Brasil. Assim é Privatizações: a Distopia do Capital. Realização do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ) e da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), com o apoio da CUT Nacional, o filme traz a assinatura da produtora Caliban e a força da filmografia de um dos mais respeitados nomes do cinema brasileiro.

Em 56 minutos de projeção, intelectuais, políticos, técnicos e educadores traçam, desde a era Vargas, o percurso de sentimentos e momentos dramáticos da vida nacional. A perspectiva da produtora e dos realizadores é promover o debate em todas as regiões do país como forma de avançar “na construção da consciência política e denunciar as verdades que se escondem por trás dos discursos hegemônicos”, afirma Silvio Tendler.

Vale registrar, ainda, o fato dos patrocinadores deste trabalho, fruto de ampla pesquisa, serem as entidades de classe dos engenheiros. Movido pelo permanente combate à perda da soberania em espaços estratégicos da economia, o movimento sindical tem a clareza de que “o processo de privatizações da década de 90 é a negação das premissas do projeto de desenvolvimento que sempre defendemos”.

É um documentário esclarecedor, que mostra como o Brasil foi roubado em bilhões de dólares pelos traidores da pátria. Muitos deles são os mesmos que continuam hoje o avanço da destruição que não conseguiram realizar no passado. E digo a vocês, apesar de tudo existe esperanças. Vejam o vídeo até o final e descubram que só depende de nós mesmos modificar as coisas para algo melhor.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

O Lado Negro do Chocolate (Documentário / Legendado)



Muitas vezes quando saímos e vamos a algum lugar específico comprar um presente para a nossa esposa ou namorada, lembramos que chocolate é sempre uma coisa bem vinda, e as mulheres adoram saboreá-los, assim como da mesma forma ficam encantadas em recebê-los como presente. 

Então pensamos: Vamos comprar o chocolate e mais algum outro presente, colocar tudo em uma bela embalagem e entregar a ela. Presente perfeito para se conquistar uma mulher. Os lindos sorrisos vão vir, a alegria vai vir, com muitos abraços, beijos e carinhos, além de algo a mais.

A única coisa que a imensa maioria das pessoas nunca questionou, é como esse doce presente chamado chocolate que traz momentos de felicidade para tantas pessoas ao redor do mundo é feito.

O documentário ''The Dark Side of Chocolate'' (título original) foi feito exatamente como forma de denúncia, para nos mostrar o verdadeiro lado desconhecido que a indústria não mostra e nem fala, e que a maioria de nós nunca se interessou em saber.

O ''CAPETALISMO'' faz com que a alegria de milhões de pessoas seja feita encima da desgraça, amargura e sofrimento de milhares de crianças pobres, que são escravizadas diariamente para que a obtenção da matéria prima para a produção de chocolate seja feita.

Elas fazem todo o trabalho pesado, desde o corte do cacau até a separação da parte que servirá para fazer o chocolate, além do ensacamento e do carregamento manual dos pesados sacos até os transportes. Após isso, os sacos com a polpa do cacau são levadas para os países ricos, onde as fábricas produtoras estão instaladas.

Países desenvolvidos como Alemanha, Suíça, Reino Unido entre muitos outros, tem as sedes das maiores empresas produtoras de chocolate do mundo, e no entanto não possuem um único pé de cacau plantado em seu território.

Toda a produção vem dos países pobres onde as pessoas são fartamente exploradas na cadeia produtiva do fruto. Dessa forma essas empresas obtém uma maior parcela de lucro. Já foi comprovado que todas elas sabem e apóiam o sistema de trabalho escravo de crianças nesses lugares.

Sabemos que esse tipo de problema é algo que não terá um fim com facilidade, e que o cerne do sistema capitalista é exatamente esse, o de produzir e lucrar encima da mão de obra mais barata possível que se possa arrumar.

Estamos no século XXI, e parece que ainda estamos parados no tempo, lá no século XVIII, por que esse tipo de prática escravista é inadmissível nos tempos atuais, mas continua sendo feita em diversos lugares ao redor do mundo.

O objetivo maior desse documentário é informar e dar o alerta aos consumidores. Mostrar o que está escondido por detrás da doçura e da felicidade que o chocolate traz. Fazer as pessoas refletirem sobre esse assunto, e recomenda-las a escolher outras opções, por que muitas empresas já abandonaram essa prática escravocrata.

Logo abaixo tem um link de uma matéria onde aparece uma lista com o nome de diversas produtoras de chocolate e derivados que já não praticam mais essa barbárie.

Por fim é necessário que as pessoas sejam conscientizadas, e saibam quais são as empresas que financiam e são responsáveis por esse crime brutal contra a infância e os direitos humanos. -  Por Ver! Ler & Conhecer.



Abaixo o endereço do link onde aparece uma boa matéria sobre o assunto, além de constar uma lista de empresas que fabricam o chocolate escravizando as crianças, assim como outra de empresas que decidiram não mais escravizar as pessoas. Leiam e reflitam antes de comprar o chocolate da empresa X ou Y.


O chocolate que consumimos é produzido com o uso de trabalho infantil e tráfico de crianças? O premiado jornalista dinamarquês, Miki Mistrati, decide investigar os boatos. Sua busca atrás de respostas o leva até Mali, na África Ocidental, onde câmeras ocultas revelam o tráfico de crianças para as plantações de cacau da vizinha Costa do Marfim. A Costa do Marfim é o maior produtor de cacau, respondendo por cerca de 40% da produção mundial. Empresas como a Nestlé, Barry Callebaut e Mars assinaram em 2001 o Protocolo do Cacau, comprometendo-se a erradicar totalmente o trabalho infantil no setor até 2008. Será que o seu chocolate tem um gosto amargo? Acompanhe Miki até a África para expor "O Lado Negro do Chocolate".

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Renaissance - Face of Yesterday (1971)


Independente da beleza musical que iremos ouvir, vale muito mesmo a pena perceber o casamento entre a bela melancolia da canção com a história contada no vídeo.

Evidentemente esse vídeo foi montado por um fã da banda, e a parte do anime foi retirado de um filme italiano antigo chamado ''Allegro non troppo'' de 1976, que mescla partes filmadas com desenhos, muitos até psicodélicos. 

A parte utilizada nesse vídeo corresponde a uma pequena história contada em um dos muitos desenhos que aparecem no filme. Esse desenho tem como protagonista um gatinho solitário que vive sobre os escombros de uma antiga casa.

Essa casa toda destruída, e com contornos sombriamente escuros nos passa a idéia de envelhecimento e passagem do tempo, sendo também a única ruína do local, cercada por uma aparente cidade futurista.

Logo no início vamos perceber que o gatinho começa a ter lembranças do seu passado. O desenho fala sobre as memórias vividas por ele em um tempo que não existe mais.

Ele lembra com alegria a sua bela vida que outrora existia, lembra das pessoas que viviam com ele nessa casa, das coisas que elas faziam, das coisas materiais que existiam, da forma como ele era tratado, e de como ele era feliz.

Quando esses breves lapsos de memória se esvaem ele percebe a sua triste realidade. Enxerga novamente que tanto o seu adorado lar como as pessoas que ele gostava, já não existem mais, por que já se foram, e que tudo não passou apenas de doces sonhos. E dessa forma ele se vê novamente isolado na sua triste existência. 

Então ele segue sobrevivendo, até que no final ele mesmo se transforma em uma memória, quando subtende-se que ele também vai embora.

Nesse momento a canção também termina. Ouve-se um barulho forte de um trator que para diante das ruínas para fazer o trabalho de demolição.

A mensagem que fica é que apesar de todas as tristezas que o mundo nos proporciona, temos que procurar viver com alegria, valorizar as pessoas que amamos enquanto elas estão presentes, e não se apegar a bens materiais.

O fato do trator vir para derrubar o passado mostra claramente que nada de material nesse mundo nos pertence ou resiste para sempre. Não adianta ter apego por algo que será destruído, até por que toda a vida também termina, e outros virão para tomar conta do que ficar. -  Por Ver! Ler & Conhecer.


Uma belíssima música da banda inglesa de Rock Progressivo ''Renaissance'', com a sua primeira formação contando com a linda voz de Jane Relf.

A música foi gravada e lançada no segundo álbum de estúdio do grupo chamado ''Illusion'', que saiu em 1971.

* Esse é um vídeo ao qual me identifico totalmente, como se eu fosse esse gatinho. Desde cedo eu convivi com a perda. Vi a família que eu tinha ir toda embora, avô, avó, mãe, tias, não me restou quase ninguém.

* Gostaria de agradecer a minha querida prima que me enviou esse vídeo.

Existe um vídeo completo para o filme ''Allegro non troppo'' no canal do you tube, sendo que sem legenda em português. [https://www.youtube.com/watch?v=Eo3RWdolO9U]

terça-feira, 4 de outubro de 2016

O Brasil antes dos brasileiros - A Pré-História do nosso país (Livro)



Livro altamente interessante para estudiosos, pesquisadores, e qualquer um que goste de uma boa leitura. 

Esse livro traz estudos encima de achados de povos que existiram em nosso país muito antes dele ter sido descoberto pelos portugueses. Na verdade esse livro narra um pouco da história arqueológica dos verdadeiros povos brasileiros que sempre estiveram aqui desde 12.000 anos atrás.

Com texto altamente explicativo, e com conteúdo ricamente ilustrado com diversas fotografias e desenhos, podemos entrar nesse túnel do tempo histórico que nos levará a esse passado tão distante, como desconhecido da nossa terra que chamamos de Brasil.
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“Estamos acostumados a estudar as sociedades a partir dos textos escritos que alguns de seus integrantes deixaram (sobretudo quando se trata de sociedades passadas) ou da observação direta (quando é o caso de populações vivas). Dessa forma, os historiadores analisam sobretudo os documentos escritos, enquanto os sociólogos e antropólogos privilegiam a observação direta e os testemunhos orais.

Quando queremos conhecer as sociedades indígenas desaparecidas, não dispomos de textos, pois elas não utilizavam a escrita. Por outro lado, as sociedades ameríndias que sobreviveram até hoje são poucas em relação às que existiram outrora, e se modificaram demasiado para oferecer uma imagem adequada dos primeiros habitantes do território que hoje chamamos Brasil. Dependemos, portanto, exclusivamente dos vestígios materiais que eles deixaram, quase sempre involuntariamente, e com os quais nem historiadores nem antropólogos estão acostumados a tratar.

Os especialistas que estudam esses restos de corpos, instrumentos, atividades, moradias – dentro do contexto ambiental da época – são os arqueólogos. Têm os mesmos objetivos dos outros pesquisadores das ciências humanas, mas apenas utilizam métodos e técnicas diferentes (relacionados às ciências da vida e da Terra), e dependem do estudo dos vestígios materiais. Isso os leva a dar grande importância tanto ao que se convém chamar de “cultura material” quanto aos aspectos da vida quotidiana e ao ambiente no qual viveram as populações pretéritas.

Dessa forma, este livro fundamenta-se essencialmente em informações obtidas pela arqueologia, embora elas sejam muitas vezes interpretadas em função de teorias e conhecimentos relacionados à antropologia”.

O texto acima faz parte da introdução do livro chamada ''O estudo do passado e a Arqueologia”.


Pintura rupestre na Toca do Boqueirão da Pedra Furada, no Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí (Foto: Reprodução)

O Brasil antes dos brasileiros - A Pré-História do nosso país (Livro), colocado para download gratuito no site da LEA - Laboratório de Estudos Arqueológicos que pertence a UNIFESP / Universidade Federal de São Paulo.

https://leaarqueologia.files.wordpress.com/2013/11/o-brasil-antes-dos-brasileiros-andre-prous.pdf

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Comparação do Tamanho das estrelas


"Nós podemos explicar o azul-pálido desse pequeno mundo que conhecemos muito bem. Se um cientista alienígena, recém-chegado às imediações de nosso Sistema Solar, poderia fidedignamente inferir oceanos, nuvens e uma atmosfera espessa, já não é tão certo. Netuno, por exemplo, é azul, mas por razões inteiramente diferentes. Desse ponto distante de observação, a Terra talvez não apresentasse nenhum interesse especial. Para nós, no entanto, ela é diferente. Olhem de novo para o ponto. É ali. É a nossa casa. Somos nós. Nesse ponto, todos aqueles que amamos, que conhecemos, de quem já ouvimos falar, todos os seres humanos que já existiram, vivem ou viveram as suas vidas. Toda a nossa mistura de alegria e sofrimento, todas as inúmeras religiões, ideologias e doutrinas econômicas, todos os caçadores e saqueadores, heróis e covardes, criadores e destruidores de civilizações, reis e camponeses, jovens casais apaixonados, pais e mães, todas as crianças, todos os inventores e exploradores, professores de moral, políticos corruptos, "superastros", "líderes supremos", todos os santos e pecadores da história de nossa espécie, ali - num grão de poeira suspenso num raio de sol. A Terra é um palco muito pequeno em uma imensa arena cósmica. Pensem nos rios de sangue derramados por todos os generais e imperadores para que, na glória do triunfo, pudessem ser os senhores momentâneos de uma fração desse ponto. Pensem nas crueldades infinitas cometidas pelos habitantes de um canto desse pixel contra os habitantes mal distinguíveis de algum outro canto, em seus freqüentes conflitos, em sua ânsia de recíproca destruição, em seus ódios ardentes. Nossas atitudes, nossa pretensa importância de que temos uma posição privilegiada no Universo, tudo isso é posto em dúvida por esse ponto de luz pálida. O nosso planeta é um pontinho solitário na grande escuridão cósmica circundante. Em nossa obscuridade, no meio de toda essa imensidão, não há nenhum indício de que, de algum outro mundo, virá socorro que nos salve de nós mesmos. (...)" - Carl Sagan

A música utilizada como fundo musical do vídeo é chamada ''Alpha'' feita pelo multi-instrumentista grego Evángelos Odysséas Papathanassíu, conhecido mundialmente como Vangelis.

Essa faixa foi gravada em um disco chamado ''Albedo 0.39'', lançado em 1976. Esse álbum é conceitual, e todos os seus temas foram inspirados no espaço e na física espacial.

Abaixo os dois vídeos. O primeiro é o original todo em inglês. Quem for fluente na língua pode vê-lo sem problemas. O segundo é o mesmo vídeo com as legendas traduzidas para o português.

Não somos nada. O mundo em que estamos é tão diminuto em comparação com o tamanho do universo existente, que o seu papel se restringe a ser um grão perdido na imensidão do deserto cósmico. E os seres vivos, habitantes desse grão, existem apenas por uma fração pequenina de tempo, indo logo após passar pela sua definitiva retransformaçao, virando átomos dissolvidos na terra.

E a nossa essência? Bem essa energia que nos mantém vivos se esvai, se aquietando na ausência de vida, indo embora, desaparecendo no mistério ao qual ninguém tem como provar. -  Por Ver! Ler & Conhecer.


domingo, 2 de outubro de 2016

Pink Floyd - Echoes (1971)


O vídeo começa com a música do Pink Floyd emersa em uma proposital escuridão, vindo logo após o surgimento de um ancião de cor negra, que faz uma declamação sobre o nascimento do universo. Uma referência direta sobre o continente africano, berço da humanidade. As suas palavras narram a história do começo dos tempos, e também da viagem sonora que se segue:

“No princípio dos princípios! na origem das origens não havia nada
Não posso dizer ''naquele tempo'' porque o tempo não existia
Não posso dizer ''naquele país'' por que o espaço não existia
Só existia o nada
Escuro
Escuro mais preto que uma noite sem lua
Mais silencioso que um jazigo
Mais vazio que o fundo de um deserto
Subitamente esse vazio, dá luz um minúsculo ovo de energia e matéria
É o nascimento do espaço e do tempo”.

Logo depois ele faz surgir o fogo em suas mãos, que pode ser entendido como um ato simbólico do criador e da sua criação. O início de tudo o que veio a existir no universo.

Então a viagem começa com as sequências de imagens mostrando o começo da constituição do universo, o surgimento das primeiras formas de vida. Mostra alguns animais e a sua evolução com o passar do tempo, até que finalmente começa a parte cantada da música, onde as imagens começam a contrastar com o que a letra da canção nos fala. 

A montagem é magnífica mostrando muitas partes da história humana em várias épocas distintas, com imagens retiradas tanto de filmes, como de documentários, reportagens de televisão, além de dados estatísticos.

Está tudo lá, extinção dos dinossauros, Império Romano, escravidão, diversidade étnica e cultural dos povos, descobrimento da América, nazismo, luta pelos direitos raciais, guerras, holocausto, entre diversos outros acontecimentos que marcaram a história da humanidade até a época atual.

Um vídeo que foi feito para olharmos para dentro desse portal que nos leva ao passado muitas vezes sombrio de nossos antepassados, e que depois nos traz de volta a nossa realidade, que também não é nada diferente em relação a muitas épocas. 

Vários alertas são dados durante o decorrer do vídeo, mostrando que a humanidade está caminhando aceleradamente, de forma insana para a sua própria extinção. O ser humano cada vez mais agarrado em sua sede pelo poder, e pelo bem material está demolindo sem piedade a sua própria casa. Dando um tiro coletivo que vai acertar a cabeça de todos os habitantes do planeta.

Todas essas coisas tem o propósito de nos lembrar, e de nos convidar a pararmos e refletirmos sobre o nosso papel nesse mundo em que vivemos. Sobre o que estamos fazendo de bom, e como estamos levando a nossa vida, presos dentro do sistema.

Existe esperança? Talvez exista no âmago do coração de cada um, mas ela só será real se houver a conscientização de todos para uma mudança conjunta de direção que nos leve para um novo caminho, que seja diferente desse ao qual estamos sendo levados a apenas sobreviver, até que chegue o final. -  Por Ver! Ler & Conhecer.

Um dia o meu corpo vai desistir da luta e retornará para o mundo esta matéria a qual eu fui feito
Esta galáxia de bilhões de átomos que foi uma vez vai morrer como morrem estrelas semeando a sua matéria através do espaço
Esses átomos que vieram para dançar dentro de mim vão dançar em outros lugares
Um, dois, três... Um, dois, três, e lá vão eles
Eles vão migrar para a asa de uma borboleta, a casca de uma árvore, a pluma de uma nuvem, ou o cabelo de uma pulga
E vou deixar a minha música aqui para que outros a possam cantá-la em sua própria maneira”.

* As duas citações do início e do final do vídeo fazem parte de um documentário chamado ''Genesis'', feito na França e na Itália, sendo lançado em 27 de setembro de 2004. 

Ele se encontra postado no canal do you tube de forma completa, e em qualidade HD, mas narrado apenas na língua francesa, ainda sem tradução para a língua portuguesa. 
[https://www.youtube.com/watch?v=jxm5Y6KWuYA]

(VEJAM EM TELA CHEIA PARA LER AS MENSAGENS).